NT 1518 2019 - Leite Aptamil AR, doença do refluxo gastroesofágico - NATJUS TJMG

Abstract

Trata-se de criança prematura, com 5 meses e diagnóstico de DRGE, requerendo o uso de espessante por 6 meses. Na DRGE ou no RGE o espessamento da dieta é o de maior eficácia no alívio das regurgitações, por reduzir o número de episódios de refluxo e volume dos mesmos, porém não exerce efeito importante nos índices de refluxos. Sabe-se que o espessamento da dieta reduz o número e volume de episódios de refluxo, porém, a duração do episódio mais longo pode aumentar, dificultando a eficácia do esvaziamento do esôfago. O espessamento lácteo é realizado com uso de espessantes naturais ou fórmulas AR (anti-regurgitação) com carboidratos digeríveis à base de arroz, milho, batata ou com carboidratos não digeríveis (alfarroba/jataí). Não há descrição do quadro da criança que permita saber se trata de RGE fisiológico, quadro auto-limitado que demonstrará melhora nos próximo mês, ou DRGE. É importante considerar que, agora a criança tem aproximadamente 10 meses e em geral, a partir do 6º mês a introdução de alimentos sólidos e adoção de postura mais ereta, secundária à evolução do desenvolvimento neuropsicomotor, há uma redução das regurgitações e dos vômitos e entre 12 e 24 meses, ocorre a melhora do quadro. Ainda assim, estando esta criança agora, não mais na fase de aleitamento, o uso de espessantes poderia manter-se necessário. Entretanto, não existem justificativas científicas para o uso de fórmulas industrializadas em detrimento da artesanal, que deve ser a primeira escolha no paciente em atenção domiciliar, pois agrega valor nutricional aos alimentos e preparações, é mais segura, mais simples e de menor custo.