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URL: https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/10830

Título: NT 1596 2019 - Micofenolato de Mofetila para doença pulmonar intersticial - NATJUS TJMG
Autores: NATJUS - TJMG
Palavras-Chave: Micofenolato de Mofetila
Esclerose Sistêmica Progressiva com acometimento pulmonar (doença pulmonar intersticial)
Data: 6-Dez-2019
Resumo: Trata-se de paciente com diagnóstico de ES, com pneumopatia intersticial. Fez pulsoterapia por 6 meses com ciclofosfamida Apresentou azatioprina sem melhora. Tem prescrição, por provavelmente 2 anos, de MMF 1g/dia, como terapia de manutenção. Ainda não existe cura para a ES e seu tratamento é sintomático e suportivo, baseado em estratégias órgão-específicas, já que cada manifestação clínica pode precisar de uma medicação diferente e específica. O tratamento depende das características do quadro clínico, do acometimento visceral predominante e da presença de doença ativa e reversível ou de dano irreversível. O PCDT ES preconiza e disponibiliza o uso das seguintes drogas: Metotrexato, Ciclofosfamida, Azatioprina, Sildenafila, Captopril, Nifedipino, Besilato de anlodipino, Metoclopramida, Omeprazol, Prednisona, que são empregados conforme o manejo desejado. Inexiste uma duração de tratamento pré-determinada. O MMF é um imunossupressor indicado pela ANVISA na profilaxia da rejeição de órgãos e no tratamento da rejeição refratária do transplante de fígado, coração e rins, e com essa finalidade disponibilizado pelo CEAF SUS. Não existe previsão em bula do seu uso na ES e nem no PCTD da ES. Na literatura existem alguns estudos avaliando o uso do MMF. Metaanálise demonstrou que o MMF foi uma opção segura no tratamento da DPI e se associou com estabilização de parâmetros funcionais pulmonares, contudo, sem melhora estatisticamente significativa na CVF e na difusão pulmonar. Há dados de ECR, que avaliam a eficácia do uso do MMF na DPI em pacientes com ES, demonstrando que o MMF apresentou resultados comparáveis ao uso de CCF, inclusive, até, sugerindo mais robustez, seguido de placebo, sendo mais bem tolerado e associado com menor toxicidade. Atualmente, diversos autores e guidelines recomendam seu uso como segunda linha de tratamento para as manifestações DPI da ES. Seu uso não é recomendado PCDT da ES, uma vez que até o momento MMF não possui essa indicação em bula aprovada pela ANVISA.
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