Biblioteca Digital do TJMG >
Direito à saúde >
Judicialização da Saúde >
Respostas Técnicas >
URL:
https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/10885
|
Título: | RT 1552 - Forteo Anabólico Ósseo, para tratamento da doença de Osteoporose Grave com fratura dorsal - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | Forteo (Teriparatide) Forteo Anabólico Ósseo Osteoporose Grave com fratura dorsal |
Data: | 8-Nov-2019 |
Resumo: | trata-se de paciente de 84 anos com diagnóstico de
osteoporose grave com fratura dorsal, com perda de massa óssea
progressivae insucesso com tratamento com bisfosfonato oral. Com
contra-indicação ao uso de qualquer tipo de bisfosfonados, por apresentar
clearence de creatinina de 34ml/min e risco de falência renal; assim como
ao uso de hôrmonio, pelo risco de neoplasia. Indicado uso de "Forteo
Anabólico Ósseo”, na proporção de 20 mcg/dia, durante 20 (vinte) meses.
Conforme as Diretrizes da SBR está recomendada para o
tratamento da osteoporose pós-menopausa em mulheres com alto risco de
fraturas, com fraturas prévias ou que tenham falhado ou sido intolerantes a
outras formas de tratamento, assim como após a fratura atípica pelo uso
de bisfosfonatos. Não está indicada para tratamento por períodos
superiores a dois anos, e não tem limitações do seu uso, em caso de
insuficiência renal, conforme sua bula. O documento brasileiro das Diretrizes
Clínicas da Saúde Suplementar e de modo semelhante o NICE, CADTH e
Estado do Mato Grosso, recomendam a teriparatida para o tratamento da
osteoporose em mulheres pós-menopausa que são de alto risco para
fraturas vertebrais e não-vertebrais. Entretanto não está disponível no SUS
e não teve sua incorporação recomendada nos sistemas públicos de saúde
em países que têm sistemas universais como Brasil, Canadá, Austrália e
Escócia devido ao seu custo-efetividade ter sido considerado inaceitável.
Assim a prescrição dessa medicação na ausência de resposta ou contarindicação
ao tratamento disponível pelo SUS, ainda caracterizaria terapia
de exclusão, que requer observação minuciosa dos critérios de
risco/benefício. Vale ressaltar que revisão sistemática de 2017 que analisa
o uso de bifosfonados, denosumabe e teriparatida em pacientes na doença
renal crônica concluiu que os efeitos dos medicamentos para osteoporose
na DMO, risco de fratura e segurança entre pacientes com DRC não estão
claramente estabelecidos, sendo necessário novos estudos. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/10885 |
Aparece nas Coleções: | Respostas Técnicas
|
|