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Título: | NT 2150 2021 - DENOSUMABE (PROLIA) - OSTEOPOROSE ACENTUADA, EM SITIO FEMORAL COM RISCO DE FRATURA ALTO, COM DISFAGIA E ENGASGO FREQUENTE - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | OSTEOPOROSE ACENTUADA, EM SITIO FEMORAL COM RISCO DE FRATURA ALTO, COM DISFAGIA E ENGASGO FREQUENTE DENOSUMABE (PROLIA) 60MG |
Data: | 1-Fev-2021 |
Resumo: | Trata-se de GOS, 73 anos, com diagnóstico clínico e densitométrico de
osteoporose acentuada em sítio femoral (-2,5DP). Risco de fratura alto,
disfagia e engasgo frequente que contra-indica o uso de bifosfonato
(aledronato/risedronato, ibandronato, ácido zoledrônico) pelo risco de
ulceração esofágica. Nenhum tratamento, disponível atualmente para osteoporose,
consegue abolir o risco de fraturas. O PCDT da Osteoporose no SUS
além de citar a importância da suplementação do cálcio e vitamina D
relacionados com a formação e manutenção de massa óssea, preconiza o
uso de medicamentos específicos, inscritos na RENAME. São eles:
Raloxifeno, Calcitriol, Carbonato de cálcio, Carbonato de cálcio +
colecalciferol, Calcitonina, Estrógenos e os Bifosfonatos representados
pelo Alendronato, Pamidronato e Risedronato de sódio. No caso de
intolerância a formulações orais de bifosfonados, o SUS oferece o
pamidronato, medicamento injetável, usado a cada 3 meses.
A diretriz de 2017 SBR, reforça o PCDT e indica os bifosfonatos,
como primeira linha no tratamento da osteoporose. Seu uso aumenta de maneira significante a DMO e diminui o risco de fraturas vertebrais
e não vertebrais. Quando comparado ao denosumabe, droga não
disponível no SUS, estudos apontaram que os bifosfonatos são mais
eficazes em reduzir os riscos de fraturas e o denosumabe mais eficaz
em aumentar a massa óssea, não sendo observadas diferenças entre a
eficácia do tratamento com os bifosfonatos e o denosumabe.
Entretanto, mesmo o aumento da massa óssea, na densitometria, pode
não significar diminuição do risco de fraturas, visto que o osso
formado pode ser de qualidade ruim e quebrar-se com mais facilidade.
Assim literatura não corrobora, até o presente momento, que o
Denosumabe, seja a melhor droga indicada para mulheres na pósmenopausa
com osteoporose, em detrimento dos medicamentos
fornecidos e usados no SUS, que estão há mais tempo no mercado. A
diretriz de 2017 da SBR, admite que o denosumabe pode ser utilizado
no tratamento da osteoporose em mulheres na pós‐menopausa diante
da falha, contraindicação ou intolerância aos bisfosfonatos orais e em
situações especiais em primeira linha de tratamento como em pacientes
com disfunção renal. O NICE considera sua indicação somente em
mulheres na pós-menopausa com alto risco de fratura, que não
consigam seguir as instruções de uso ou tenham intolerância aos
bisfosfonatos orais e/ou que tenham a combinação do T-score, idade e
número independente de fatores clínicos de risco de fraturas, segundo
os limiares estabelecidos por eles estabelecidos, já que a droga não se
demonstrou nos estudos custo-efetiva. Assim no Brasil, o PCDT para a
Osteoporose apresenta como opção terapêutica, na impossibilidade do
uso dos bisfosfonados orais, um medicamento intravenoso da mesma
classe, o pamidronato utilizado a cada 3 meses. A despeito das poucas informações do relatório médico, as
evidências científicas disponíveis não citam que esta droga seja um
tratamento mais digno ou mais adequado na osteoporose e tão pouco,
que a opção terapêutica existente no SUS de bifosfonado parenteral o
pamidronato seja contra indicada neste caso. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/11870 |
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