NT 2392 - 2021 - Lanreotida - NEOPLASIA MALIGNA DE ILEO - NATJUS TJMG

Abstract

Paciente de 67 anos, com diagnóstico de neoplasia malígna de jejuno NET, midgut, TNE, com metástase sistêmica para fígado e linfonodos. Submetido a tratamento cirúrgico devido a obstrução intestinal em 2010. Evoluindo com progressão da doença com aumento dos marcadores tumorais e das lesões em exames de 2021, encontrando sintomático com dor abdominal, diarréia e perda de peso. Indicado tratamento sistêmico com lareotida 120 mg, via subcutânea, de 28/28 dias, até progressão da doença ou toxidade limitante, para aumento da sobrevida e controle dos sintomas .Não há diretrizes do SUS para tratamento do TNE, existindo a opção do tratamento com quimioterapia paliativa para apudoma na doença loco-regional avançada, inoperável, metastática ou recidivada, em cardiopatia associada a síndrome carcinóide ou em TNE (03.04.02. 011-7 - QUIMIOTERAPIA DO APUDOMA/TUMOR NEUROENDÓCRINO AVANÇADO). Os AS, LAR e octreotida, já estão incorporados os SUS para o tratamento de acromegalia e gigantismo hipofisário. A CONITEC ao avaliar a incorporação de lanreotida no tratamento de TNE foi unanime em não criar um novo procedimento específico para tratamento desta doença com lanreotida, entendendo que já existe procedimento no SUS para tratamento desses tumores. Ainda destaca que o principal efeito desses medicamentos é a estabilização dos tumores em relação à conduta expectante medida por critério radiológico, não se observando regressão da doença ou efeito na sobrevida global. Para o caso em tela o SUS oferece tratamentos não citados com o interferon, tratamento de baixo custo, cujo controle dos sintomas carcinoides é considerado equivalente ao da octreotida-LAR, ainda que seu impacto no retardo da progressão de doença não tenha sido definido de forma clara; assim como a quimioembolização/embolização das metástases hepáticas, que é capaz de reduzir o volume de doença hepática e controlar os sintomas hormonais