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URL:
https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/12575
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Título: | NT 2022.0002632 HBP endoscópica RTU gestão - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | Hiperplasia benigna de próstata Cirurgia de próstata |
Data: | 25-Jan-2022 |
Resumo: | Conforme a documentação apresentada, datada de 19/10/2021.
Trata-se de RFC, 63 anos, com diagnóstico de hiperplasia benigna de
próstata, cursando com piora gradativa dos sintomas urinários mesmo
em uso de medicação oral Duomo. Com intensa dificuldade miccional,
apresentando aos exames e 07/2021, ultrassom de rins e vias urinárias:
sinais de bexiga de esforço, com divertículo e rins com cistos renais
simples, ultrassom prostático próstata: heterogênea com aumento do
peso e proeminência central no assoalho: HPB, Outros. A HPB, representa o aumento benígno do volume da próstata,
que determina sintomas relacionados ao trato urinário inferior. Seu
tratamento inclui terapia comportamental, medicamentosa e cirúrgica,
conforme intensidade e sintomas apresentados. As drogas de escolha
para os estágios iniciais e intermediários da HPB são bloqueadores dos
receptores α1-adrenérgicos, Doxazosina, e inibidores da 5-α-redutase,
finasterida, que respectivamente reduzem rapidamente os sintomas e o
crescimento da prostata. Seu uso associado é recomendado nos casos de
sintomas moderados a intensos, próstatas aumentadas e/ou PSA elevado e
fluxo urinário máximo reduzido. A cirurgia da próstata é geralmente
necessária para pacientes com sintomas urinários moderados ou
intensos, que apresentam indicações absolutas de cirurgia: retenção
urinária recorrente ou refratária, incontinência por transbordamento,
infecções recorrentes do trato urinário, cálculos ou divertículos na
bexiga, hematúria macroscópica devido a HPB, ou dilatação do trato
urinário superior devido a HPB, com ou sem insuficiência renal.
Também é geralmente necessária quando os pacientes obtiveram alívio.insuficiente dos sintomas urinários ou do resíduo pós miccional após
a instituição dos tratamentos conservadores ou medicamentosos. As
cirurgias são indicadas casos com sintomas urinários moderados ou
intensos, com indicações absolutas de cirurgia ou que não
responderam à terapia medicamentosa e comportamental. O paciente
pode eleger o tratamento cirúrgico como tratamento inicial, se apresentar
sintomatologia significativa e os indivíduos com antecedentes de
complicações relacionadas à HPB são melhor tratados cirurgicamente.
As opções cirúrgicas (aberta, endoscópica ou robótica) e fonte de
energia (eletrocautério vs laser, monopolar ou bipolar) são decisões
técnicas baseadas no tamanho prostático, experiência do cirurgião,
discussão de potenciais riscos/benefícios, complicações e
comorbidades do paciente. A opção de acesso baseia-se nas
características do paciente, experiência do cirurgião e discussão de
potenciais riscos/benefícios e complicações.
A principal cirurgia é a RTU. É um procedimento cirúrgico
endoscópico associado a radiofrequência ou laser. Utiliza-se alça de
ressecção monopolar como principal material para RTU de próstata. Está
disponível no SUS, como já salientado pela SES, Superintendência
Regional de Saúde de Montes Claros, código 04.09.03.004-0 Ressecção
endoscópica de Próstata, sendo realizado em unidades especializadas.
Desta forma, a responsabilidade de prover os fluxos para a realização
da cirurgia, cabe ao gestor local, o município de Montes Claros, não
existindo solicitação de procedimento diverso, não contemplado pelo
SUS, que requeira avaliação de indicação, imprescindibilidade,
substituição ou não pelo NATJUS, mas necessidade melhor
articulação de fluxos, competência esta, do gestor local. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/12575 |
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