NT 2021.0002565 Esplenectomia Fenoximetilpenicilina profilatica - NATJUS TJMG

Abstract

trata-se de criança de 12 anos, com história de esplenectomia total, devido a trauma por queda em 21/09/2020. Evoluiu com choque hipovolêmico, necessidade de transfusão. Submetido a esplenectomia em 22/09/2020. Recebeu as vacinas disponíveis no SUS pneuma 23 e 13, anti hemofilo e meningococcus e está em uso de penicilina oral, adquirida com recursos próprios. Necessita de antibiótico profilático penicilina oral 12/12 horas, diariamente, por no mínimo 5 anos, para evitar infecções por germe pneumococcus que pode levar a sepse e morte. Quando houver alergia à penicilina, pode ser utilizada a eritromicina. Para os adultos, a eficácia dessa profilaxia ainda não está definitivamente comprovada. O uso de antibióticos é ainda discutível nas pesquisas e a sua eficácia atual neste campo permanece desconhecida, não havendo consenso na possível duração da profilaxia nem nos subgrupos nos quais se poderia obter um maior benefício. A grande maioria dos estudos analisados possuíam caráter retrospectivo, com busca de dados de prontuários. Pode-se compreender a problemática dessa modalidade de pesquisa quanto à limitação das informações registradas nos documentos em questão e o desenvolvimento de resistências aos antibióticos. Reconhece-se, assim, a importância de conhecer as resistências locais dos pneumococcus as penicilinas usados na antibioprofilaxia. Conforme dados da RENAME o medicamento fenoximetilpenicilina 80.000UI/mL = 400.000UI/5mL (pó para solução oral) foi incorporado no SUS por meio do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica para profilaxia de infecção em crianças com até 5 anos com diagnóstico de Doença Falciforme e indicado na prevenção de infecção pneumocócica em pacientes esplenectomizados por dois a três anos. Sendo assim a droga em questão é disponível no SUS.