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https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/12954
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Título: | NT 2022.0002879 Trombocitemia essencial Hidroxiureia - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | Hidroxiuréia Trombocitose essencial (doença mioloproliferativa) |
Data: | 21-Jun-2022 |
Resumo: | Conforme relatório de médico, datado de 18/10/2021 e 26/10/2021 ,
trata-se de EFR, 52 anos, com diagnóstico de trombocitose essencial,
comprovada, doença mieloproliferativa com elevação das plaquetas
aumentando o risco de fenômenos trombóticos. Necessita do uso de
hidroxiureia 500mg 2 comprimidos ao dia por tempo indeterminado,
conforme prescrição de hematologista, para evitar trombos. Vale
ressaltar que não há citação da mutação existente.
No momento, não há demonstração que a terapia medicamentosa
modifica a história natural, evite a progressão leucêmica ou fibrótica e
prolongue a sobrevida. A principal indicação de tratamento é a
prevenção de trombose. O tratamento deve incluir drogas que
diminuam o risco de trombose e de hemorragias, associado a vida
saudável, sem tabagismo, para evitar a hipertensão, a obesidade e a
diabetes fatores risco de tromboses. Não existe opção única de
tratamento apropriada ou eficaz para todos os pacientes, outros podem
exigir vários tratamentos baseado nos sintomas e nos resultados do
monitoramento de rotina por um médico. As mutações do driver parecem
influenciar o risco trombótico e o prognóstico, enquanto o papel das mutações do sub-driver ainda permanece incerto. A decisão de usar
agentes redutores de plaquetas para prevenir o risco de trombose
depende de fatores de risco, como idade avançada, histórico de
trombose, presença de mutações JAK2/MPL, que permitem agrupar os
pacientes em grupos de risco. A terapia antiplaquetária é recomendada
em todos os pacientes com idade ⩾ 60 anos e naqueles com história
positiva de trombose ou com fatores de risco cardiovascular, enquanto
a terapia citorredutora é reservada para pacientes de alto risco. Os
assintomáticos, grupo de muito baixo risco, não requerem tratamento.
As drogas mais utilizadas são: AAS, fármacos que diminuam as
plaquetas, raramente o uso de plaquetaférese, agentes citotóxicos,
interferon ou o transplante de células-tronco. O AAS uma vez/dia, deve ser
usado nos casos de sinais e sintomas vasomotores leves e para
diminuir o risco de trombose nos pacientes de baixo risco. Consensos
recomendam as drogas que diminuem a contagem de plaquetas nos
casos de trombose anterior ou AIT; maiores de 60 anos; com
sangramento importante; com necessidade de procedimento cirúrgico
e com trombocitose extrema e baixa atividade do cofator ristocetina e
em alguns casos de migrânea grave. Os fármacos citorredutores
usados são hidoxiureia, interferon-α (IFN-α), busulfan, anagrelida e
pipobroman. IFN-α e Hidoxiureia são aprovadas pela Anvisa e
distribuídas pelo SUS por meio do CEAF, em protocolos de doenças
específicas. A hidroxiureia, combinada à terapia com aspirina uma vez
ao dia, continua sendo o padrão de atendimento para pacientes de alto
risco e só deve ser prescrita por especialistas familiarizados com seu
uso e monitoramento. Atualmente, existem quatro drogas a serem
consideradas como terapia de segunda linha na ET: IFN-α, busulfan,
anagrelida e pipobroman. Entre estes, a escolha atual para terapia de
segunda linha é o IFN-α. No SUS não há PCDT que trata deste tema. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/12954 |
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