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https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/13321
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Título: | NT 2022.0003159 - HBP Prostatectomia suprapúbica transversal gestão - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | Prostatectomia suprapúbica transversal Hiperplasia prostática benigna |
Data: | 10-Nov-2022 |
Resumo: | O caso refere-se, paciente de 65 anos, com HPB, em uso de
SVD e Hominus. Exames de ultrassom pélvico: próstata de volume aumentado, determinando impressão sobre o assoalho vesical, peso
estimado de 96,9 g; sinais de bexiga de esforço e IPP grau 3. Uso de
Hominus, Necessita de tratamento cirúrgico de prostatectomia
suprapúbica transversal.
A HPB, representa o aumento benígno do volume da próstata,
que determina sintomas relacionados ao trato urinário inferior. Seu
tratamento inclui terapia comportamental, medicamentosa e cirúrgica,
conforme intensidade e sintomas apresentados. As drogas de escolha
para os estágios iniciais e intermediários da HPB são bloqueadores dos
receptores α1-adrenérgicos, Doxazosina, e inibidores da 5-α-redutase,
finasterida, que respectivamente reduzem rapidamente os sintomas e o
crescimento da prostata. Seu uso associado é recomendado nos casos de
sintomas moderados a intensos, próstatas aumentadas e/ou PSA
elevado e fluxo urinário máximo reduzido. A cirurgia da próstata é
geralmente necessária para pacientes com sintomas urinários
moderados ou intensos, que apresentam indicações absolutas de
cirurgia: retenção urinária recorrente ou refratária, incontinência por
transbordamento, infecções recorrentes do trato urinário, cálculos ou
divertículos na bexiga, hematúria macroscópica devido a HPB, ou
dilatação do trato urinário superior devido a HPB, com ou sem
insuficiência renal. Também é geralmente necessária quando os
pacientes obtiveram alívio insuficiente dos sintomas urinários ou do
resíduo pós miccional após a instituição dos tratamentos
conservadores ou medicamentosos. As cirurgias são indicadas casos
com sintomas urinários moderados ou intensos, com indicações
cirúrgicas absolutas ou que não respondem à terapia medicamentosa
e comportamental. O paciente pode eleger o tratamento cirúrgico como
tratamento inicial, se apresentar sintomatologia significativa e os
indivíduos com antecedentes de complicações relacionadas à HPB são
melhor tratados cirurgicamente. As opções cirúrgicas (aberta, endoscópica ou robótica) e fonte de energia (eletrocautério vs laser,
monopolar ou bipolar) são decisões técnicas baseadas no tamanho
prostático, experiência do cirurgião, discussão de potenciais
riscos/benefícios, complicações e comorbidades do paciente. A opção
de acesso baseia-se nas características do paciente, experiência do
cirurgião e discussão de potenciais riscos/benefícios e complicações.
A principal cirurgia é a RTU. Nos casos com próstatas maiores que 80g
como no caso do paciente, ou na presença de grandes divertículos ou
cálculos de bexiga, a opção é a prostatectomia suprapúbica.
No SUS a prostatectomia suprapúbica é procedimento de média
complexidade hospitalar, disponível, com financiamento no MAC sob o
código 04.09.03.002-3 Prostatectomia suprapúbica. Assim cabe ao
município de Montes Claros a responsabilidade de pactuar os fluxos e
prestar a assistência solicitada pelo paciente. Desta forma não existe
solicitação de procedimento diverso, não contemplado pelo SUS, que
requeira avaliação de, imprescindibilidade, indicação, substituição ou
não pelo NATJUS, mas sim a necessidade de melhor articulação de
fluxos, competência esta, do gestor local. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/13321 |
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