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https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/13751
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Título: | NT 2022.0003361 Ca de prostata Enzalutamida - NATJUS TJMG |
Autores: | NATJUS - TJMG |
Palavras-Chave: | ENZALUTAMIDA ZOLADEX câncer de próstata metastático resistente a castração |
Data: | 8-Mai-2023 |
Resumo: | A Enzalutamida, aprovada pela ANVISA, é indicado na bula no
tratamento de (mCRPC) em adultos que são assintomáticos ou
ligeiramente sintomáticos após falha de terapia de privação
androgênica e naqueles que tenham recebido terapia com docetaxel, sendo tratamento paliativo. Em revisão sistemática com comparação
indireta e dois ensaios clínicos randomizados de fase III que compararam
enzalutamida com abiraterona ou placebo para o tratamento do mCRPC, os
resultados da revisão sistemática, demonstraram benefícios semelhantes
na sobrevida global dos pacientes antes e após a quimioterapia da
abiraterona e enzalutamida. A enzalutamida foi melhor para os desfechos
secundários, incluindo o tempo para a progressão do PSA, sobrevida livre
de progressão radiográfica, taxa de resposta do PSA, tempo para a piora da
qualidade de vida e tempo para o início da quimioterapia. Entretanto, não
há evidências suficientes para fazer recomendações sobre a eficácia
clínica e econômica do uso sequencial de enzalutamida e abiraterona,
sendo necessário estudos de comparação direta para confirmar os
resultados e demonstrar seus benefícios e riscos em comparação com
medicamentos utilizados para o tratamento do mCRPC, que incluem a
abiraterona recomendada no SUS pela CONITEC. Assim não há
constatação de benefício direto do seu uso, em relação a abiraterona
disponível no SUS. Vale ressaltar que esta droga foi recomendada por
diversas diretrizes de conduta para o tratamento do câncer de próstata
e incorporada ao sistema público de saúde do Canadá e na Inglaterra,
desde que a relação custo-eficácia fosse melhorada pelo fabricante a
um nível aceitável. A droga mostrou aumentar a sobrevida mediana de
13,4 meses para 18,6 meses e melhorar a qualidade de vida em estudo
que incluiu pacientes com perfil semelhante ao do paciente. Assim há
de se avaliar o real benefício do seu uso no caso em tela já que o
impacto na sobrevida é menor que 1 ano, a idade do paciente é
avançada e a mesma não é isenta de efeitos colaterais. |
URI: | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/13751 |
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