NT 55 - 2017 NATS Papel da Arteriografia Cerebral no Diagnóstico de Fístula Arteriovenosa Cerebral

Abstract

Paciente: portadora de cefaléia em todo crânio (holocraniana) + paresia do VI nervo craniano, com suspeita de fístula arteriovenosa cerebral da dura mater em direção ao seio sigmoide esquerdo Intervenção: arteriografia cerebral. O caso da paciente em questão, caracterizado por cefaléia holocraniana de início abrupto e paresia do sexto nervo craniano não é típico de fístula arteriovenosa dural com drenagem em seio sigmódeo, em função dos seguintes fatos: 1) Quadro de instalação abrupta sem relato de fator de risco associado (trauma, neurocirurgia ou trombose venosa cerebral). 2) A paresia do sexto nervo craniano é um sintoma comum da fistula arteriovenosa do seio cavernoso e não do seio sigmóideo. A fistula do seio sigmóideo, devido a sua localização, associa-se mais frequentemente à presença de tinitus ou zumbidos auditivos, além de cefaléia. Não há relato de sintomas auditivos para esta paciente. 3) Os exames de ressonancia magnética e, sobretudo, de angiorressonância, geralmente mostram alterações sugestivas de fistula arteriovenosa dural e, a partir destes achados é que fica estabelecida a indicação de angiografia ou arteriografia cerebral. No caso desta paciente, a angiorressonancia foi descrita como normal e a alteração observada à ressonancia magnética sugere a presença de um pequeno meningeoma, em localização não relacionada aos seios cavernoso ou sigmódeo.