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URL: https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/9170

Título: RT 815 - 2018 - ursacol para Doença hepática crônica - NATJUS TJMG
Autores: NAT-JUS
Palavras-Chave: ácido ursodesoxicólico
ursacol
Doença hepática crônica
colangite biliar primária
Data: 28-Set-2018
Resumo: Considerando que estudos sugerem que UDCA pode diminuir a progressão ( mesmo assim existem controvérsias) da cirrose biliar hepática quando utilizado em pacientes em estágio inicial da doença, sem varizes esofagianas, com bilirrubina< 2mg/dl . O relatório médico não traz informações que possam embasar a indicação do medicamento. Mesmo com as referidas informações a evidência de eficácia não foi comprovada. Tratamentos disponíveis no SUS a) Prurido A colestiramina, uma resina de troca iônica de uso oral,tem sido a base do tratamento do prurido na colestase. A dose inicial é de 4 gramas/dia, podendo ser aumentada até 16 gramas/dia, e deve ser administrada antes das refeições. Age poucos dias após o início do tratamento, mas é ineficaz em cerca de 10%a 20% dos pacientes. Seus efeitos colaterais são diarreia ou constipação, podendo diminuir a aderência ao tratamento. A rifampicina é amplamente conhecida por aliviar o prurido na colestase. Seu mecanismo de ação sobre o prurido permanece desconhecido, porém,acredita-se que altere a composição do ácido biliar e estimule o sistema de transporte hepatobiliar. A sertralina, um inibidor da recaptação de serotonina, pode aliviar o prurido. Em alguns pacientes, o prurido compromete seriamente a qualidade de vida, a despeito de tentativas de alívio farmacológico, podendo levar a distúrbios do sono e depressão grave e justificar o transplante hepático. b) Osteomalácia pode ser corrigida pela suplementação parenteral de vitamina D (vitamina D3, 100.000 UI mensalmente, por via intramuscular). A suplementação com carbonato de cálcio (1g/dia) tem sido amplamente recomendada com base nas considerações fisiopatológicas e em informações indiretas oriundas da experiência com a osteoporose pós-menopausa. c) Hiperlipidemia associada à cirrose é questionável, já que a maior concentração de colesterol que ocorre na colestase não aumenta o risco de aterosclerose. d) A suplementação preventiva de vitamina D é aconselhável nos casos em que há alterações significativas nos marcadores bioquímicos de colestase. e)A reposição de vitamina K por via parenteral está indicada se houve aumento do tempo de protrombina.
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