NT 902 - 2019 - Adalimumabe para Doença de Crohn - NATJUS TJMG

Abstract

No caso em tela, trata-se de paciente jovem com DC do intestino delgado. Má resposta a terapia com corticóide, aminossalicilatos e imunossupressores. Apresenta atividade da doença caracterizada por perda ponderal significativa, anemia com comprometimento da capacidade laborativa e calprotectina de 1.985mcg/g. Solicita uso de adalimumabe. Sem mais informações clínicas que permitam caracterizar sua doença ou demonstrar claramente o uso de todas as alternativas disponíveis no SUS. A DC é uma doença inflamatória intestinal imunomediada, incurável cujos principais sintomas sâo diarreia crônica, sangramento, perda de peso e dor abdominal com impacto na qualidade de vida. O tratamento é complexo e definido segundo a localização da doença, o grau de atividade e as complicações. As opções terapêuticas devem ser individualizadas de acordo com a resposta sintomática e a tolerância ao tratamento, o que exige habilidades clínicas e cirúrgicas em algumas situações. Os fármacos imunossupressores como azatioprina, 6‐mercaptopurina e metotrexato; e os fármacos biológicos como infliximabe, adalimumabe, vedolizumabe e ustekinumabe, de forma isolada ou combinada, são usados pata o tratamento da doença. No SUS adalimumabe está diponível no PCDT da DC. Entretanto esta droga é indicada para pacientes com IHB igual ou superior a 8, sem resposta clínica significativa a corticosteroide, após 6 semanas, a azatioprina mais alopurinol, a metotrexato ou com contraindicação ou intolerância a corticosteroide e imunossupressor, como terapia de indução e de manutenção nos casos de falha na manutenção da remissão, caracterizada por progressão de sintomas e recorrências apesar do uso de azatioprina ou metotrexato, até sua falha (incluindo necessidade de cirurgia), sendo reavaliado sua manutenção a cada 12 meses.